- Deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) e ativistas tiveram de interceder para militante gay não ser preso
A primeira fala condenou a iniciativa. “O Conselho Federal de Psicologia é quem tem poder de regulamentar o exercício da profissão de psicólogo. E não o Congresso Nacional”, protestou o presidente da instituição, Humberto Cota Verona.
“Se gay se transformar em doença, quero aposentadoria compulsória”, brincou o presidente da ABGLT, Toni Reis, mostrando o absurdo da questão pretendida pelos deputados homofóbicos que patrocinam o projeto de lei.
E ainda teve uma pretensa (bem pretensa) ex-homofóbica. A psicóloga Marisa Lobo, que, depois de ser conhecida no Brasil por fazer uma cruzada a favor de conversão de gays, declarou, letra por letra, no debate, que “não existe ex-gay” e que ela nunca disse isso (!). Na verdade, de acordo com ela, o que há são pessoas que pensam ser gays, mas que nunca o foram na verdade (alguém aqui precisa de uma orientação psicológica… E não é um homossexual)!
E teve até tumulto envolvendo a polícia parlamentar. Um ativista gay escreveu o nome do pastor Silas Malafaia (presente no debate) e desenhou uma suástica nazista do lado. O presidente da sessão, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta, entendeu que o ato foi uma grande ofensa.
A polícia do local foi chamada para prender o ativista. Então, outros militantes da causa LGBT e deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) o cercaram impedindo a prisão. Para assegurar a liberdade do manifestante, o grupo teve de levá-lo até a porta de saída da Câmara dos Deputados!
Grande parte dessas emoções, veja-a na íntegra do debate em vídeo aqui.
Não foi definida data para votação do projeto na comissão.